Escala flexível: como planejar e diferenças da escala fixa

Entenda as diferenças entre escalas fixas e flexíveis, como planejar jornadas que seguem o segundo formato e quando optar por elas.

Mulher de negócios sorridente falando ao telefone enquanto trabalha em seu laptop em uma sala moderna com janelas grandes e vista para a natureza.

O planejamento de escalas flexíveis é excelente estratégia para o RH ou o DP de empresas conseguirem organizar melhor a jornada de trabalho dos colaboradores – levando em conta tanto as demandas da empresa quanto às necessidades individuais.

Ele difere de um planejamento de escalas fixas, pois permite que os turnos sejam ajustados com maior liberdade, o que favorece o equilíbrio entre produtividade e qualidade de vida.

E, na prática, esse formato nada mais é do que uma definição de dias e horários de trabalho ajustada à realidade do negócio, com folgas alternadas e horários de entrada mais dinâmicos, por exemplo. Mas você explora mais detalhes no decorrer deste artigo!

O que é importante saber sobre escalas de trabalho flexíveis

O tipo de escala de trabalho considerado flexível é aquele em que existe a possibilidade de ajuste dos horários de entrada e saída de um colaborador conforme necessidades pessoais ou da empresa.

Também é aquele em que os períodos de trabalho são distribuídos de forma diferente no decorrer da semana e do mês, sem que seja alterada a carga horária total.

Costumam adotá-lo organizações cujo movimento varia ao longo de determinados períodos, como empresas pertencentes ao comércio ou clínicas e aquelas que dependem de equipes mais enxutas.

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Escalas fixas vs. flexíveis: tudo para você entender e escolher

A ideia da escala flexível é que haja autonomia na definição de turnos de trabalho tanto quanto uma operação sem sobrecargas e mais qualidade de vida para o time, e ela difere da escala fixa justamente por que essa segunda opção tem maiores restrições no que diz respeito à jornada diária/mensal.

Escalas fixas dificilmente mudam

Elas têm horários que se mantêm e são mais comuns em fábricas, indústrias, linhas de produção, call centers, bancos e órgãos públicos, bem como em operações altamente padronizadas, como a de supermercados ou empresas com múltiplos departamentos.

Seus benefícios envolvem:

  • Previsibilidade
  • Simplicidade administrativa
  • Facilidade no cálculo de horas extras
  • Padronização operacional
  • Adequação sem complicações à CLT
  • Estabilidade para funções críticas

Escalas flexíveis têm horários que podem ser ajustados

Ou seja, variam conforme as necessidades da empresa e/ou do colaborador e, por essa razão, costumam ser adotadas por empresas de pequeno e médio porte, startups, clínicas, comércios e similares.

Quem tem equipe enxuta ou demanda variável ao longo de um dia ou de uma semana opta, geralmente, por essa alternativa.

Além disso, organizações com foco em engajamento e bem-estar de colaboradores, ou que buscam reduzir absenteísmo e aumentar produtividade, são candidatas naturais.

Dentre as vantagens de uma jornada flexível, destacam-se:

  • Autonomia dos colaboradores sobre os horários
  • Maior produtividade e bem-estar, desde que devidamente controlada
  • Atração e retenção de talentos
  • Fortalecimento da cultura organizacional
  • Adaptação a variações sazonais ou emergenciais
  • Operação estável, mesmo em períodos “turbulentos”
  • Redução do turnover e do absenteísmo no trabalho, pois os ajustes adequados às necessidades evitam falhas e atrasos

Some a isso um melhor aproveitamento das horas trabalhadas e o equilíbrio de custos operacionais.

Agora, o que diz a legislação sobre escala flexível?

Mesmo sem abordar especificamente esse tema, a legislação trabalhista permite a adoção da flexibilidade, desde que a empresa respeite os limites de jornada previstos na CLT e garanta todos os direitos necessários aos trabalhadores.

São pontos importantes a observar:

  • Cumprimento total da carga horária
  • Respeito aos intervalos obrigatórios
  • Garantia de férias com terço adicional
  • Pagamento de 13º salário e FGTS
  • Registro da flexibilidade em contrato
  • Adequação à acordos ou convenções das categorias

Ainda, é essencial que a empresa esteja em posse atualizada de documentos que comprovem o cumprimento das regras e que, preferencialmente, escolha soluções de controle de ponto digital para garantir a conformidade com a Lei.

Como implementar escalas flexíveis? 6 ações recomendadas para RH, DP ou gestor 

Não se preocupe, pois os processos estão cada vez mais fáceis e menos burocráticos com a chegada de tecnologias de gestão de pessoas ao mercado. O passo a passo adiante vale para todo e qualquer tipo de empresa, mesmo as de pequeno porte:

1. Analise necessidades

Mapeie o que o seu negócio e o seu time precisam no momento, registrando, por exemplo, quais horários apresentam maior fluxo de trabalho, quais setores ou funções têm momentos críticos durante o dia ou a semana e se há sobrecarga em algum ponto da operação.

Converse com os colaboradores para entender suas demandas pessoais e restrições de horários e comece a desenhar uma escala em que haja máximo equilíbrio e zero desperdício de horas.

2. Escolha o melhor modelo

Seja para serviços em formato híbrido, à distância (home office) ou presencial, a partir das necessidades analisadas, decida-se entre:

  • Jornada parcial: até 30 horas trabalhadas por semana, já considerando horas extras; benefícios proporcionais às horas contratadas. Indicada para quem precisa de reforços em momentos específicos do dia
  • Escala 12x36: 12 horas seguidas de trabalho e folga pelas 36 horas seguintes; obrigatória formalização por acordo. Ideal para regimes de plantão ou empresas com operação que nunca pára
  • Trabalho intermitente: trabalhador convocado somente quando há demanda, recebe por hora trabalhada e tem todos os direitos garantidos proporcionalmente. Escala adotada por empresas com fluxo variável
  • Escala mista: combinação de diferentes modelos de jornada na mesma semana ou no mesmo mês, vantajosa para rotinas dinâmicas, mas depende de máximo controle e organização
  • Escala rotativa: horários e folgas mudam periodicamente (semana ou mês), ideal para equilibrar carga de trabalho entre equipes

Use a decisão no desenho de escala que você já começou no passo anterior.

3. Implemente uma ferramenta para gestão da escala flexível

Com a sua proposta encaminhada, invista numa plataforma de controle de ponto capaz de permitir marcações seguras e exibição do planejamento dos turnos para toda a equipe, facilitar a gestão dos horários e manter a empresa adequada à legislação trabalhista.

Uma ferramenta voltada para a gestão de escala flexíveis – e de outras escalas ao mesmo tempo, se assim for necessário –, traz ganhos concretos em transparência, conformidade legal e economia de recursos

4. Comunique-se abertamente com os colaboradores

Finalmente, já sabendo como agir e com quais tecnologias contar, parta para a implementação do formato, explicando claramente o motivo da escolha, as ações necessárias, direitos, deveres e benefícios.

Mostre como a flexibilidade impacta a rotina de cada colaborador, ouça dúvidas, sugestões e imediatamente solucione possíveis conflitos de horários. Com o passar do tempo, faça ajustes dentro dos feedbacks que considerar relevantes.

E nunca se feche para alterações emergenciais!

5. Aproveite a oportunidade para capacitar outros líderes

Ao mesmo tempo, evite que problemas de produtividade ou insatisfação surjam da falta de alinhamento sobre a jornada flexível e capacite as lideranças para um gerenciamento conjunto de equipes com horários variáveis, acompanhando desempenho e disponibilidade, assim como você.

Promova workshops ou treinamentos curtos com os temas:

  • Como funciona uma jornada flexível (e por que ela está sendo adotada especificamente na sua empresa)
  • Quais as regras para o registro correto de ponto
  • Regras internas para a definição e o manejo de folgas e férias
  • Expectativas nos dias/horários de pico

Forneça manuais ou guias de procedimentos e enfatize responsabilidades.

6. Use métricas a seu favor

Sempre que perceber a necessidade de ajustes, some indicadores-chave de desempenho do RH aos seus feedbacks e, só então, tome uma decisão.

Mais uma vez, a sua ferramenta digital de gestão de ponto pode ajudar, afinal, o acesso aos dados acontece de um jeito fácil e os relatórios das melhores plataformas são completos e distribuídos por categorias.

  • Avalie a produtividade real de cada colaborador e equipe
  • Identifique picos em que a operação ainda não está adequada
  • Estude as horas extras e descubra se são realmente necessárias, caso contrário, faça mudanças, evitando pagamentos indevidos

Ganhe uma vantagem estratégica que vai ultrapassar as fronteiras internas, alcançando o mercado e elevando a reputação do seu negócio!

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