Relógio cartográfico vale a pena?

Muito popular no passado, o relógio cartográfico foi a principal ferramenta de controle de ponto nas organizações. Conheça mais sobre esse modelo e descubra se ele ainda pode ser opção a certa para a sua empresa.

Homem checando o relógio caminhando na rua

O relógio cartográfico é um modelo de registro de ponto mecânico que revolucionou o controle da jornada de trabalho ao ser criado e implementado nas empresas que queriam realizar a marcação de horário de seus funcionários através da impressão do ponto em cartões.

Antes dele, os trabalhadores precisavam registrar entradas, saídas e intervalos a próprio punho em um livro-ponto, um recurso mais suscetível a fraudes, rasuras ou mesmo a danos materiais, como rasgos e derramamentos de líquidos.

O relógio é uma versão aperfeiçoada do registro manual e, apesar de já ter sido substituído por outras tecnologias em muitas corporações, continua sendo um dos mais conhecidos ainda atualmente! Afinal, quem nunca ouviu o termo “bater o ponto” no dia a dia corporativo?

Neste artigo, você entende como funciona o sistema, quais as suas principais características e os prós e contras de contar com esse modelo na sua empresa. Boa leitura!

Relógio de ponto cartográfico: como funciona?

O relógio de ponto cartográfico funciona da seguinte forma: cada colaborador recebe e fica responsável por um cartão de uso individual e, no momento do registro de começo e encerramento do turno, por exemplo, insere esse cartão em um dispositivo semiautomático que imprime o dia e horário da marcação diretamente no papel.

A impressão é uma espécie de carimbo da hora exata em que o funcionário colocou o cartão no equipamento e o próprio papel já fica dividido em campos específicos para entrada, saída para almoço, retorno do intervalo intrajornada e fim do expediente.

O cartão também possui mais dois campos, que são reservados para as horas extras.

O que a lei diz sobre o ponto cartográfico?

A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) estabelece que, para empresas com mais de 20 funcionários, é obrigatório o registro das jornadas através de um controle manual, mecânico ou eletrônico. O relógio cartográfico representa um modelo de registro de ponto mecânico, ou seja, seu uso é permitido por lei.

Além da CLT, o controle de ponto também é regido por portarias do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). A legislação mais recente é a Portaria 671/2021, que, inclusive, regulamenta não só esse tipo de sistema como outros mais avançados.

São tantos tipos de controle de ponto que fica até difícil escolher um, né? Então, que tal começar analisando os prós e contras do modelo mais tradicional? Quem sabe, isso pode ser uma mão na roda por aí!

Quais as vantagens do relógio cartográfico?

Embora não seja a opção mais moderna, o relógio de ponto ainda é utilizado nas empresas porque possui qualidades que o tornam uma boa escolha para determinadas situações. Confira quais são elas!

  • Registro preciso do horário de trabalho: o relógio cartográfico precisa estar de acordo com a Hora Legal Brasileira e, por isso, registra o horário exato em que os funcionários chegam e saem do trabalho.
  • Facilidade de uso: por ter um mecanismo mais simples, os relógios de ponto são dispositivos fáceis de usar e não requerem um grande investimento em tecnologia ou treinamentos.
  • Melhora na produtividade: fazer o uso de um controle de ponto, por mais simples que seja o sistema, pode incentivar os funcionários a cumprirem os horários de trabalho estabelecidos, o que leva a uma maior produtividade e eficiência.
  • Custo inicial baixo: os dispositivos cartográficos tendem a ser mais acessíveis em comparação com sistemas eletrônicos mais avançados. Pelo menos no que diz respeito ao custo de implementação…
  • Controle de horas extras: o modelo, como qualquer outro, ajuda a controlar as horas extras trabalhadas pelos funcionários, garantindo que elas sejam devidamente registradas e compensadas.
  • Ausência de necessidade de conexão: em locais onde a infraestrutura é limitada ou onde a tecnologia moderna não está disponível, um relógio cartográfico pode ser uma opção viável para monitorar os horários dos funcionários.

Mas, como nem tudo são flores, existem alguns contras que precisam ser analisados também. Veja adiante.

6 principais desvantagens do relógio de ponto cartográfico

É importante observar que, embora o relógio cartográfico tenha várias vantagens, dependendo do tamanho da empresa, esse modelo de ponto pode não ser a solução mais eficiente para o seu negócio.

Confira, em detalhes, quais são os “contras” do sistema e descubra se essa é a melhor alternativa para sua empresa.

1.  Está mais suscetível a fraudes

Um dos principais entraves para implementação do relógio cartográfico é que não há, nele, um sistema que impeça fraudes por parte dos próprios funcionários.

Essa falta de segurança permite que o registro do horário seja realizado por colegas, por exemplo. Dessa forma, os dados computados podem não ser completamente verdadeiros.

Se quiser seguir em frente com a implementação, monitorar o local onde fica o dispositivo de registro pode minimizar o problema.

2.  O cálculo de horas deve ser feito de forma manual

Outra desvantagem do ponto mecânico é que o gestor ou a pessoa responsável pelo departamento de RH deve fazer a computação das horas de cada funcionário de forma manual.

Para isso acontecer, será preciso recolher os cartões e repassar as informações, uma a uma, para uma planilha de registro de ponto ou um sistema que faça a contagem das horas.

O download da Planilha de Horas completa começou automaticamente.

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Essa é uma etapa que exige empenho e muito trabalho, resultando em um processo lento e passível de erros humanos.

O relógio de ponto cartográfico não é indicado para empresas de grande porte, pois, quanto maior for a empresa, mais cartões devem ser apurados e, consequentemente, maior vai ser o tempo destinado a essa conferência.

3.  Demanda de maior infraestrutura

Por ser um modelo mecânico, o relógio cartográfico demanda de infraestrutura para seu funcionamento, dessa forma, quem quiser mantê-lo precisa garantir um estoque de tinta de impressão e também de cartões, pois os funcionários não poderão registrar o ponto sem esses recursos.

Escolheu seguir com a alternativa? Reserve também um espaço específico para arquivo dos registros de ponto e guarde-os por cinco anos, porque esses cartões ainda podem ser utilizados como provas jurídicas em processos trabalhistas ou requeridos pela Justiça do Trabalho nesse prazo.

4.  Representa mais gastos com papel

Além do custo com cartucho de impressão, energia elétrica e manutenção, o gasto com papel deve ser levado em consideração, já que a empresa vai precisar manter um estoque de cartões em branco para suprir a demanda dos funcionários.

Essa dependência de materiais torna o ponto cartográfico uma opção mais custosa a longo prazo do que sistemas de ponto eletrônico, por exemplo.

5.  Não permite o acompanhamento diário

Como o relógio cartográfico não possui integração com nenhum tipo de software ou base de dados, a conferência dos registros deve ser feita diretamente no cartão, que fica com o colaborador e é recolhido somente no fim do mês pelo responsável pelo fechamento da folha de pagamento.

A falta de modernização do ponto mecânico dificulta a realização do controle de faltas, atrasos e horas extras do funcionário de maneira dinâmica.

6.  São grandes os riscos de rasuras e fraudes

Quando a empresa adota um sistema de controle de ponto como o relógio cartográfico, fraudes e erros humanos podem acontecer, a exemplo das rasuras nos cartões – por causa do esquecimento do registro ou outro motivo.

Para manter a integridade dos registros, a equipe deve estar alinhada para que não haja erros ou esquecimentos de marcação do ponto e todos precisam levar em consideração que qualquer problema afeta o pagamento no fim do mês, seja resultando em cálculos errados para mais ou para menos.

Prós e contras alinhados, chegou a hora da verdade!

Vale a pena usar o ponto cartográfico na empresa?

De forma geral, o relógio cartográfico possui algumas desvantagens para empresas com um número maior de funcionários, porém, seu uso não deve ser totalmente descartado.

Devido à fácil instalação e manuseio rápido e descomplicado, o modelo pode ser uma alternativa para pequenos negócios e para empresas que não demandam de muita integração com sistemas – e cujos gestores concordem com um maior tempo despendido para fechamento de folha de ponto.

Ainda assim, existem versões mais modernas de registro de jornada, que permitem marcações através da leitura da digital, senha numérica ou cartão magnético e ajudam a dar adeus ao cartão de papel que pode ser rasurado!

O relógio de ponto digital pode ser uma ótima opção, já que ele possui um custo reduzido e maior precisão dos registros em relação ao controle de jornada manual feito nos tradicionais livros de ponto. E dá para testar um dos melhores que existem no mercado antes de bater o martelo sobre implementá-lo definitivamente. Experimente!

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