Lazy Job: entenda para adaptar sua empresa à Geração Z

Entenda o que significa “lazy job” dentro do contexto do mercado de trabalho e qual a ideia desse novo estilo de relação dos jovens com suas profissões.

Mulher sorridente usando fones de ouvido amarela, com uniforme lilás, tomando café na banqueta de casa enquanto trabalha na computador portátil.

Ter um lazy job é a pretensão de muitos jovens da geração Z, e apesar de o nome soar estranho (tradução: “emprego preguiçoso”), na prática, esse novo estilo de relação com o trabalho foca em menos pressão e mais equilíbrio entre pessoal e profissional.

A expressão “lazy job” surgiu nas redes sociais e ganhou força como uma reação à cultura do burnout e pautada pela busca por empregos mais leves, em que haja mais autonomia, mesmo que isso signifique abrir mão de altos salários ou cargos de prestígio.

Pense na preferência por cargos com rotina estável, mesmo que o salário seja menor, que faz muita gente ter tempo de estudar, viajar ou investir em projetos pessoais… Então!

Acha que pode ser um desafio para a sua empresa lidar com esse tema? Você não está sozinho(a). Aliás, segundo a GPTW, lidar com a geração Z como um todo é um desafio para 68% das empresas.

Este artigo traz mais detalhes sobre o lazy job, junto com orientações que podem lhe ser válidas.

O que é o lazy job? Trabalho preguiçoso, literalmente?

Apesar de o significado de lazy job, na tradução literal, estar vinculado ao sentimento de preguiça, a ideia do conceito adotado pela geração Z tem a ver com empregos capazes de garantir equilíbrio entre vida pessoal e profissional.

Os “lazy employees”, digamos assim, querem qualidade de vida no trabalho, boa remuneração e a oportunidade de trabalhar sem abrir mão de seu bem-estar, trocando a pressa e o excesso de funções pela estabilidade somada à rotina mais leve.

Então, fazem diariamente o que foi acordado com a empresa contratante, entregando os resultados esperados, mas, ao mesmo tempo, respeitando seus limites e evitando tarefas extras.

Por isso o lazy job aparece mais em rotinas flexíveis e profissões e empregos que permitem ao contratado ter mais autonomia sobre seus horários e suas demandas

E não confunda o conceito com o de quiet quitting: a diferença aparece porque, no segundo caso, o colaborador faz só o que está no contrato, mesmo, sem se envolver além do necessário e, muitas vezes, por insatisfação no trabalho.

Na primeira situação, por outro lado, o objetivo do colaborador é ter mais qualidade de vida e liberdade para organizar a rotina – atendendo às expectativas da empresa, mas com autonomia.

Adeptos ao lazy job são motivados e têm foco. Se relacionam com seus líderes através de diálogos abertos e construindo confiança mútua.

Quem opta pelo quiet quitting, por sua vez, se distancia da liderança e se envolve cada vez menos no dia a dia operacional – até ser demitido ou pedir demissão. E isso acontece, às vezes, sem o colaborador sequer perceber.

Não é sobre trabalhar menos, mas sobre organizar a rotina

Se você está pensando em fazer mudanças no seu negócio para atrair e reter talentos da geração Z, e considera aditar a tendência do lazy job, garanta:

  • Qualidade de vida pessoal e profissional – a ideia é que haja equilíbrio, e que o trabalho seja cumprido sem ocupar todo o tempo do dia, com organização da rotina, sobrando espaço para autocuidado, família, amigos e hobbies
  • Flexibilidade de horários – com uma jornada de trabalho flexível, o profissional não precisa seguir um expediente rígido, mas cumpre com suas tarefas dentro de prazos combinados e sem abrir mão da qualidade
  • Um bom salário – como salário justo é tão importante quanto a rotina equilibrada, um adepto do lazy job espera ganhar pelo que entrega, sem precisar exagerar na carga de trabalho para ser valorizado
  • “Anywhere office”  – o “trabalho de qualquer lugar” é altamente valorizado, principalmente por Millenials e Gen Zs. Seja de casa, de um café ou até de outra cidade, enquanto houver entregas feitas no prazo e com qualidade, o local de trabalho não importa
  • Programas adequados de incentivo – programas de incentivo que promovam bem-estar e respeitem limites se tornam essenciais; os impactos das ações promovidas pela empresa precisam ser palpáveis para profissionais e equipes
  • Canais de abertos de comunicação interna – para que a equipe se sinta ouvida, e a empresa consiga identificar rapidamente o que pode ser ajustado
  • Ambiente seguro e inclusivo – combatendo assédios e práticas excludentes, para que todos se sintam respeitados e confortáveis para desempenhar suas funções
  • Uso de ferramentas de gestão remota – que facilitem acompanhar entregas e organizar tarefas, garantindo eficiência mesmo fora do escritório

E saiba: oferecer essas garantias depende de mudanças na cultura corporativa, talvez na estrutura de pagamentos e incentivos e, sem dúvidas, na forma como produtividade e resultados são avaliados.

Adaptando-se aos novos tempos

Talvez seja necessário repensar processos e prioridades para priorizar qualidade, consistência e equilíbrio – em vez de tempo no escritório, por exemplo –, em paralelo, preparando todas as lideranças para reconhecer e apoiar os profissionais na rotina, ajudando-os a equilibrar demandas e manter o clima saudável.

Transparência e preocupação com a saúde mental também pesam na atração e retenção do profissional que defende o conceito de lazy job.

Essa não parece ser uma tendência passageira, mas o reflexo de uma transformação profunda na forma como novos profissionais enxergam o trabalho e o mercado. Acompanhe mais novidades aqui no blog da Coalize para manter uma evolução constante do seu negócio.

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